Para o higienista ocupacional, a forma como o agente químico está presente no ambiente é essencial para identificar o risco de inalação. Compostos em estado sólido ou líquido precisam ser dispersos no ar para que possam ser inalados. Uma das formas de dispersão, sem interferências como aquecimento ou aplicação de spray é a evaporação à temperatura ambiente. Nesse contexto, a volatilidade torna-se uma característica fundamental para que o higienista ocupacional possa identificar os riscos de exposição.
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O que é volatilidade?
A volatilidade refere-se à capacidade de uma substância passar do estado líquido ou sólido para o estado gasoso à temperatura ambiente. Essa característica depende de fatores como a pressão de vapor do composto, que indica a tendência de suas moléculas escaparem para a fase gasosa. Substâncias com alta volatilidade evaporam facilmente, aumentando o risco de inalação em ambientes ocupacionais. Para o higienista ocupacional, entender a volatilidade é fundamental, pois determina o potencial de exposição dos trabalhadores a vapores e gases que podem ser prejudiciais à saúde.
Quanto que é uma volatilidade alta e baixa?
A volatilidade de uma substância pode ser classificada como alta ou baixa, dependendo da facilidade com que ela se evapora à temperatura ambiente. Substâncias com alta volatilidade possuem uma pressão de vapor elevada, o que significa que suas moléculas escapam facilmente para a fase gasosa. Por exemplo, o álcool etílico (etanol) tem uma pressão de vapor de aproximadamente 5.95 kPa a 25°C, e o benzeno tem uma pressão de vapor de cerca de 12.7 kPa a 25°C, ambos evaporando rapidamente e apresentando riscos significativos de inalação. Por outro lado, substâncias com baixa volatilidade têm uma pressão de vapor baixa, evaporando lentamente ou apenas sob condições específicas de aquecimento. O óleo mineral, por exemplo, tem uma pressão de vapor muito baixa, frequentemente menor que 0.01 kPa a 25°C, e a glicerina tem uma pressão de vapor de aproximadamente 0.000106 kPa a 25°C, permanecendo em estado líquido ou sólido sob condições normais de temperatura ambiente, reduzindo o risco de inalação.
Como um higienista ocupacional utiliza essa informação?
Agentes com baixa volatilidade representam riscos de inalação apenas se forem dispersos no ar de alguma forma, como através de aquecimento ou pulverização. Dessa forma, o higienista ocupacional deve avaliar se, nas atividades realizadas pelos trabalhadores, o agente em questão pode gerar riscos de inalação. Essa avaliação permite determinar se medidas preventivas são necessárias sem a necessidade imediata de medições quantitativas. Essa característica é especialmente útil durante a avaliação preliminar de riscos e na elaboração do Gerenciamento de Riscos Ocupacionais (GRO). Além disso, a compreensão da volatilidade auxilia na implementação de controles técnicos, como sistemas de ventilação e exaustão local, para minimizar a exposição dos trabalhadores a agentes químicos voláteis. O conhecimento sobre a volatilidade também é essencial para a seleção de equipamentos de proteção individual (EPIs) adequados e para a formação de estratégias eficazes de monitoramento ambiental, garantindo a segurança e a saúde ocupacional.
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